sábado, 19 de abril de 2008

uma parabola


Numa terra intocada pelo homem, numa época indeterminada, animais de todas as espécies viviam livremente, obedeciam apenas a lei da natureza, seus instintos.
Os animais viviam em bandos que mais pareciam com gang as quais disputavam entre si para ver que espécie era a merecedora do titulo de rei dos animais. Por incrível que pareça os leões ficavam por baixo na cadeia alimentar daquela terra. O trono por séculos pertencia a bichos que para nós não merecem o titulo de realeza, quando essa manada descia as colinas ouvia se a quilômetros o som dos cascos, era um barulho retumbante com de milhares de tambores, eram os porcos espinhos os reis daquelas terras. E quando eles passavam os outros animais se dobravam e lhes prestavam honras, “salve os reis”.
No interior daquelas terras vivia um rebanho pequeno de animais dóceis que ao contrario de todos os outros animais não eram carnívoros, simplesmente pelo fato de não acharem graça na disputa pelo poder autoritário que espalhava a morte naquele paraíso que em beleza não perdia para o Éden. Por esta escolha este pequeno grupo se encontrava na primeira sela da cruel cadeia alimentar. Mas este grupo adquiriu um incomparável relacionamento de afetividade entre si. Quem era este grupo? Eram poucas ovelhas, poucas, mas muito unidas.
Numa de suas empreitadas os porcos espinhos vagueavam pelo belo interior onde avistaram de longe pequenos pontos brancos no imenso verde do pasto. Eles bufavam e babavam em direção do dócil grupo, que ao ver aquela manada que cobria todo o horizonte que já estava escurecendo por causa do entardecer, restando a única opção, fugir o mais rápido possível e nisso as ovelhas eram bem abeis e correram para as montanhas onde o caminho era estreito e por isso elas conseguiram uma distancia que lhes permitiram se esconder numa caverna. E seus opositores encheram todos os caminhos daquela montanha, mas o que os porcos espinhos não sabiam é que ao anoitecer aquela região passava por uma brusca mudança no clima em que o frio era intenso e congelante. As ovelhas sabiam disso e exatamente por isso tinham criado uma relação de afetividade no grupo, exatamente por isso haviam sobrevivido até ali. O rebanho se juntou num canto da caverna e a macia lã aquecia todo o grupo que de tão unidas parecia uma nuvem.
Já os porcos espinhos se reuniram em pequenos grupos na tentativa desesperada pela sobrevivência, mas o que conseguiram foi feridas profundamente dolorosas feitas pelos seus semelhantes.
Pela manhã o sol trazia o calor de volta, e as ovelhas saíram da caverna bem devagar e cautelosamente, mas logo o medo foi substituído pelo espanto, ao avistar a montanha coberta pelo sangue dos seus cruéis rivais que não suportaram nem o frio, nem as profundas feridas.
Daquele dia em diante muita coisa mudou, as ovelhas não quiseram substituir os antigos reis com tinha direito. Mas muitas espécies passaram a imitar as ovelhas e deixaram de ser carnívoras e se tornaram mais dóceis outros bandos continuaram a carnificina selvagem.
A paz não foi completa, mas a pequena parte que veio foi bem vinda.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

a mais sublime inteligência


Momentos de sobriedade durante a embriagueis do dia a dia

Quando responde se a uma cruel critica inimiga com uma amável poesia.
Quando responde se a um amável elogio amigo com um tímido sorriso sincero.
Quando responde se com o silêncio caloroso a pergunta da qual não sabe resposta.
Quando responde se sempre de alguma forma aceitável independente de que a pergunte.
Quando se torna um intelectual do mundo da emoção e neste se torna um simples sábio.

Pergunta ao sábio:

- O que é inteligência emociona?
É ser um analfabeto quando o assunto for o ódio.
É ser um analfabeto quando o assunto for o rancor por causa do ódio.
É ser um analfabeto quando o assunto for a dor por causa do rancor.
É ser um analfabeto quando o assunto for a insensibilidade por causa da dor.
É ser um analfabeto quando o assunto for a solidão por causa da insensibilidade.